Resenha | Invisível - David Levithan + Andrea Cremer
Stephen é um cara invisível, literalmente invisível. Não aqueles adolescentes que preferem ficar trancados em seus quartos só no fone de ouvido e longe do mundo. Diferente de Elizabeth, a sua nova vizinha que deseja essa 'invisibilidade' depois do que seu irmão, Laurie, sofreu ataques homofóbicos. Só que na verdade, Stephen não desejou isso, nunca desejou. Ele não teve a chance de escolher, pois ser invisível é parte de uma maldição de seu avô, Maxwell Arbus - um poderoso conjurador - muito antes dele nascer.
O pai de Stephen fugiu e ele perdeu a mãe, e se vê sozinho por aí, uma vez que eles são os únicos que sabem sobre a maldição. Mesmo que nenhum dos dois possam vê-lo, ao menos sabem da sua existência. Agora ele não tem nenhum dos dois. Até que a nova vizinha, Elizabeth, simplesmente consegue enxergá-lo. Quando os dois se esbarram no corredor do prédio, derrubando todas as compras da garota, ela se questiona porque ele é tão mal educado que não a ajuda a pegar as sacolas do chão. E ele assustado, questiona como ela consegue vê-lo. A partir dai, surge uma amizade (e atração) entre dois.
Quando Elizabeth descobre tudo, eles procuram uma forma de acabar com essa maldição (ok, essa parte ficou muito cara de sessão da tarde). Mas eles acabam se aprofundando demais e descobrem além. Elizabeth é uma rastreadora e consegue enxergar as maldições nas pessoas. Existem maldições boas, algumas leves e outras terríveis e sabe também que existiu um tipo de batalha entre conjuradores e rastreadores e que poucos da sua espécia resistiram. Mas eles encaram qualquer desafio que possa aparecer para que de alguma forma, tudo termine bem (ops, sessão da tarde de novo).
Confesso que demorei para engatar na leitura, mas quando isso aconteceu, eu adorei! Foi o primeiro livro que li do David Levithan e da Andrea Cremer, não conheço o trabalho aprofundado de nenhum dos dois, mas achei a escrita leve, envolvente e história bem diferente e criativa, mesmo não lendo outros livros do David, o considero um grande nome para a literatura. Acho que ele vem se destacando porque mostra em seus livros uma causa que ele defende.
No entanto... Gostei mais do desenrolar da história do que do final, achei meio aquém, tudo aconteceu muito rápido, e eu fiquei com um sentimento que faltou alguma coisa. Também achei que o tema foi pouco explorado, toda a mágica revelado e a ação no livro meio que surge do nada, até porque o início foca muito no romance do Stephen e da Elizabeth. Mas adorei a construção dos personagens, Stephen é um fofo, Elizabeth é uma garota romântica, mas decidida e de bom coração e o Laurie super carismático e sincero!
"Eu a observo dormir na cama do hospital. Ela está machucada. O cabelo, oleoso e úmido. Tem olheiras e marcas no pescoço. Às vezes, a respiração vem aos trancos. Um fio de baba se esgueira de sua boca.
Nunca a amei mais." (pág 321)
"Não é justo.
Mas a vida não é justa.
Esquecemos rapidamente a lição apenas para aprendê-la novamente." (pág 315)
Oi linda! Parabéns pela resenha! Adorei! Acho que na verdade, ao menos uma vez na vida queremos ser invisiveis. Mas tudo tem um limite né. Se puder faça uma visitinha no meu blog também saberes-literarios.blogspot.com.br
ResponderExcluirGrande Beijo
Ei Amanda! Obrigada pelo comentário, fico feliz que tenha gostado! Eu confesso que as vezes eu tenho uma vontade enorme de me esconder de tudo e jogar os problemas pro ar kkkk ser invisível nesse caso seria bom.
ExcluirEstou seguindo o seu blog!
Bjsss